Um esquema de XXX Cantos (1930)

CANTO I
Nekyia homérica via Andreas Divus. Preparação.
Invocação da Musa: Afrodite.

CANTO II
Metamorfoses em sucessão: Proteu.
Sordello(s), Eleonora, Helena.
Dionísio reconhecido por Acetes.

CANTO III
Pound na Itália. Morada(s) de Koré.
Perséfone, El Cid, Inês de Castro.

CANTO IV
Ruínas troianas, ruínas amorosas.
Tereu, Procne, Filomela: Et ter flebiliter, Ityn.
Cabestan. Actéon/Peire Vidal. Danaë.
Tamura, Takasago.
A poesia como Centauro.

CANTO V
Neoplatônicos. Sexto inverte Catulo.
Poicebot, de Tierci, de Maensac: “Troia em Auvergnat”.
“John” Borgia (ecos de Agamêmnon) e Alessandro de Médici, R.I.P.
Fracastoro, Navagero, Cotta.

CANTO VI
Odisseu – Guillaume.
Eleonora redux: Carlos, Raymond, Saladino (!), Henrique.
Cunizza da Romano alforria os escravos dos irmãos.
Teseu salvo pela espada.

CANTO VII
Ecos flaubertianos. Henry James.
Suicidas: Cravens, Ione, Niceia, Dido.
Camões veste Vasco da Gama.
Ecos de Lorenzino em D. Fitzgerald.
Obizzo nada no inferno.

CANTO VIII
Primeiro Canto MALATESTA:
Sigismundo Pandolfo Malatesta.
Verdade e Calíope: pesquisa histórica e levada épica.
Ferrara: João VIII Paleólogo, Gemisthus Plethon (ossos no Templo).
Peolo & Francesca: Parisina & Ugo.
Atridas, Malatestas.

CANTO IX
Segundo Canto MALATESTA.
Domenico narra.
Conflitos variados (e outros reiterados): Sforza e cia.
Traições: Alfonso, Sforza, Siena.
Mala postal roubada: oito cartas.
O Templo em construção. Isotta.

CANTO X
Terceiro Canto MALATESTA.
Æneas Silvius Piccolomini, papa Pio II, inimigo de Sigismundo.
A “oração” de Andreas Benzi. Excomunhão e queima da efígie.
Giacomo Piccinino: inimigo, depois aliado.
Nicolau de Cusa sendo fdp. Pasti numa enrascada.

CANTO XI
Quarto Canto MALATESTA.
Derrocada. Roberto Malatesta.
Tarento. A perda de Fano. Moreia.
Plano (frustrado) para assassinar Paulo II.

CANTO XII
Eliot & Pound na Arena di Verona (06.1922).
Frank Bacon, o Calvo, e seu esquema com os centavos cubanos.
José Maria dos Santos, o mercador português.
O Marinheiro Honesto e a esterilidade da usura.

CANTO XIII
Um passeio com Confúcio. Ordem interior.

CANTOS XIV e XV
Inferno poundiano: banqueiros, editores de jornais, escritores picaretas
e outros “perversores da linguagem” e da ordem social.
Dante e Plotino como guias.
O escudo de Perseu: comprometimento com a razão
e defesa possível em um ambiente intelectualmente depauperado.

CANTO XVI
Purgatório terrestre: Sordello, Peire Cardinal, Blake, Dante.
A Grande Guerra. Amigos perdidos no front.
O testemunho de Fernand Léger.
O início da Revolução Russa pelos olhos de Lincoln Steffens.

CANTO XVII
Reinício. Busca gnóstica.
Medianias: entre a vida e a morte,
entre os mundos divino e mortal.
Delírios, e um lento despertar: rumo a Veneza.

CANTOS XVIII e XIX
Exploração financeira e guerra.
Marco Polo e Kublai Khan.
Zaharoff, negociante de armas.
Encontro com Arthur Griffith. Lincoln Steffens e as revoluções.
Mensdorff, Benckendorff e a estupidez que levou à Grande Guerra.

CANTO XX
Homero, Catulo, Propércio, Ovídio,
Cavalcanti, Ventadour, Arnaut:
todos somam para a clareza da canção e seu ritmo.
NOIGANDRES.
Mais avatares de Helena: Zoe, Marózia, a Elvira de Lope de Vega.
Os lotófagos dão lugar à descrição
de um afresco de Francesco del Cossa:
terceiro paraíso — triunfo.

CANTOS XXI e XXII
Médici: Giovanni fala com Cosimo.
As conspirações contra a família:
Diotisalvi e cia.; depois, Pazzi & Baroncelli.
Ascensão de Lorenzo. Jefferson.
Dança daquelas levadas por Hades.
XXII: Douglas encontra Keynes;
viagens a Gibraltar.

CANTO XXIII
Intelecto humano. Formas de conhecimento.
De Ficino aos Curie.
Outro sono/passeio. Hélio desce à escuridão.
Peire de Maensac segundo Austors.
Anquises e Afrodite.

CANTO XXIV
Parisina e Ugo revisitados. A família Este de Ferrara.
Niccolò, o “pacificatore”, vai a Jerusalém.
Palazzo Schifanoia.

CANTO XXV
Livro do Conselho Superior: a burocracia veneziana.
A sensaria de Ticiano.
Sulpicia e Tibulo. Ecos de Sexto Propércio.
O mural de Ticiano.

CANTO XXVI
Pound relembra sua primeira visita a Veneza.
Malatesta revisitado(s).
A história veneziana entrevista.

CANTO XXVII
Spahlinger, Brisset, Curie.
As Graças.
Cadmo semeia a terra com os dentes do dragão.
Retorno a Ventadour.

CANTO XXVIII
Provincianismos: da Pensilvânia à Emilia-Romagna.
Viagem aos Pirenéus.
Os Massimo, o Discobolus, a queda do papado.
Aviadores e aviadoras: de Lindbergh a Elsie.

CANTO XXIX
Penella Orsini.
Cunizza revisitada.
Arnaut, Eliot e o “pecado”.
Evocação de Ártemis.

CANTO XXX
Três casos sórdidos: Afrodite e Hefesto,
Pedro e Inês de Castro,
Alfonso d’Este e Lucrécia Borgia.
Soncino e a edição de Petrarca.
Morre o papa Borgia, enterra-se os Malatesta,
encerra-se a primeira parte dos Cantos.