Categoria: Pound

Canto XXVIII

  “Boja d’un Dio!”, “Seu Deus carrasco!”: variação de uma expressão encontrável no derradeiro verso do poema de Aldo Spallicci, “E rumagnùl” (escrito em dialeto da Romagna), “A so qua mè, ciò, boia ded’ S…..!”, “Aqui estou eu, então, seu Deus carrasco” (tradução livre a partir da versão de Pound para o inglês, encontrável AQUI […]

Canto XXVI

“Vim aqui na minha jovem juventude”: Pound visitou Veneza no verão de 1908 com seu tio Frank. “sob o crocodilo”: antes que as relíquias de São Marcos fossem levadas para Veneza em 828, o santo padroeiro da cidade era Teodoro. Este foi um soldado grego venerado no Império Bizantino e representado como um matador de […]

Canto XXV

A exemplo do Canto anterior, o XXV começa com uma lista de ocorrências registradas em um livro. Aqui, a fonte de Pound é o Monumenti per servire alla Storia del Palazzo Ducale di Venezia ovvero Serie di Atti pubblici dal 1253 al 1797, editado por Giambattista Lorenzi. O livro aborda a história do Palácio Ducal […]

Canto XXIV

  “livro dos mandatos”: registro dos pagamentos feitos por Parisina (Laura Malatesta, 1405-1425, prima de Sigismundo), marquesa de Ferrara e esposa de Niccolò III, nos últimos anos de sua vida. O livro foi estudado pelo historiador Alfonso Lazzari, fonte usada por Pound em parte deste Canto. “Zohanne of Rimini”: Giovanni of Rimini, “maestro de’ nostri […]

Canto XXIII

  “Et omniforms…”: Ficino, “Omnis intellectus est omniformis”, que Pound traduz como “todo intelecto é omniforme”. Isso já foi citado no Canto V. Ficino traduzindo Porfírio, De Occasionibus. A carreira de Ficino como filósofo, estudioso e tradutor se deu graças ao impacto causado por Gemisto Pletão em seu patrono, Cosimo de Médici. “Psellos”: Miguel Pselo […]

Cantos XXI e XXII

    CANTO XXI “Siga com o negócio”: quem fala é Giovanni di Bicci de Médici (1360-1429), patriarca e fundador do império financeiro da famigerada família. Neste Canto, Pound o imagina falando com Cosimo, o filho e herdeiro, de forma similar à mensagem de Niccolò d’Este a Borso, conforme vimos no Canto anterior. A forma […]

Canto XX

  “quasi tinnula”, “quase estridente”: citação (o termo “tinnula”) do poema 61 de Catulo, repetida nos Cantos III e XXVIII. “Ligur’ aoide”: Homero, na Odisseia (XII, 183), descrevendo o canto das sereias: “(…) Cristal na voz, entoam o canto”. “Si no’us vei (…) no val”, “Se eu não te vir, dama que quero tanto / […]

Cantos XVIII e XIX

CANTO XVIII “Kublai”: Kublai Khan (1214-1294), neto de Genghis Khan [Temujin]. Estabeleceu a dinastia Yuan e se tornou imperador da China em 1271. “Cambaluc”: Khanbaliq (“A Cidade do Khan”), capital de Kublai, construída entre 1264-1267 no lugar onde hoje fica Beijing. “Messire Polo”: Marco Polo (c.1254-c.1324), viajante e mercador veneziano. Viajou para a China, chegando […]

Canto XVII

  “Assim”: usando a mesma expressão que encerra o Canto I (“So that”), Pound dá início à série seguinte. “… as vinhas se despencam de meus dedos”: o ato sagrado da manifestação divina (aqui, dionisíaca), deus e homem se tornando um só. Isso é reiterado em outras passagens do Canto. Algo similar ocorre no Canto […]

Canto XVI

  Aqui, Pound emerge do inferno e chega ao purgatório terrestre. Nele, encontra alguns dos personagens que frequentaram os Cantos anteriores. Em seguida, o poema alude à Primeira Guerra Mundial e aos amigos de Pound que nela combateram, como Richard Aldington, T. E. Hulme, Henri Gaudier-Brzeska, Wyndham Lewis, Ernest Hemingway e Fernand Léger (cujo testemunho, […]