Categoria: Pound

Canto LXXVII

Pound utiliza vários ideogramas nesse canto. Suas respectivas traduções são oferecidas por ele logo após o poema, no “Canto 77 – explicação”. Note-se que, a exemplo de outras ocorrências, ele costuma antepor a tradução de alguns desses ideogramas nos próprios versos. Logo, é só prestar atenção que a coisa faz sentido de imediato “Abner” era […]

Canto LXXVI

“E o sol”: Hélio, a presença divina no mundo. Pound parece se imaginar em casa, em Rapallo, assistindo ao nascer do sol. “dove sta memora”, “onde vive a memória”: da tradução de Pound de Donna mi prega. “Signora Agresti”: a britânica Olivia Rossetti Agresti (1875-1960) foi uma ativista e intelectual, filha do crítico de arte […]

Canto LXXV

“Flegetonte” é um rio de fogo no Hades. Ele também corre pelo Inferno de Dante (v. Canto XII, 46–48; 103-138; a gravura acima é de Gustave Doré), lá descrito como um rio de fogo e sangue fervente no qual estão imersos aqueles que, em vida, cometeram crimes violentos (os tiranos mergulhados até os olhos; os homicidas, […]

Os Cantos Pisanos LXXIV-LXXXIV (1948)

CANTO LXXIV Da gaiola, Pound vê & alucina o mundo. Mussolini está morto. O poeta está só. Resumo/reavaliação/retomada do projeto dos Cantos, para o bem (poesia) e para o mal (política). CANTO LXXV Para fora do Flegetonte (e do inferno). Münch rearranja Francesco da Milano, que rearranjou Janequin: “O canto dos pássaros”. A forma dinâmica […]

Canto LXXIV

Pound permaneceu na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Uma de suas poucas fontes de renda era um programa que apresentava na Rádio Roma, no qual falava sobre literatura, política etc. Após o ataque japonês a Pearl Harbor, ele chegou a pedir para ser repatriado, mas isso não lhe foi concedido. No rádio, dentre outras […]

Canto LI

“Quinto elemento: lama”: observação que Napoleão teria feito na Polônia, ao retornar da campanha na Rússia — “Dieu, outre l’eau, l’air, la terre et le feu a crée une cinquième element, la boue”. “Com usura (…) rebanho”: variação dos versos do Canto XLV, usando uma dicção moderna. Para escrever os versos seguintes, com as referências […]

Canto L

“‘A revolução’ disse o Sr. Adams ‘ocorreu nas / cabeças do povo’”: este Canto remete ao XXXII, no qual essa mesma citação (uma ideia recorrente de Adams, expressa em diversas cartas nos seus últimos anos de vida) aparece. “… antes de Lexington”: em 19 de abril de 1775, a primeira batalha da Guerra de Independência […]

Canto XLIX

“Para os sete lagos”: “Sete Lagos” (七澤) é uma expressão típica da tradição poética chinesa para se referir aos lagos das regiões de Hunan e Hubei, que em tempos antigos pertenciam ao reino de Chou ou Zhou. “Chuva; rio vazio”: os versos de 2 a 31 são baseados em uma sucessão de oito pinturas e […]

Canto XLVIII

“E se o dinheiro fosse arrendado”: v. Canto XLVII e a forma como o Bank of England cobrava juros do governo inglês para emitir moeda. No verso seguinte, uma referência ao “dinheiro que desaparece” (“Schwundgeld”) citado por Silvio Gesell. Em Wörgl, uma cidadezinha austríaca, entre 1932 e 33, Gesell observou que era preciso colar um […]

Canto XLVII

“Que, morto…”: a referência, aqui, é a Odisseu em seu cativeiro na ilha de Circe, o momento em que ele implora à deusa que o deixe retomar sua viagem de volta para Ítaca. Ela concorda, mas diz que ele deve primeiro invocar as ânimas dos mortos, em especial a de Tirésias, que lhe apontará o […]