Categoria: Literatura

Canto XX

  “quasi tinnula”, “quase estridente”: citação (o termo “tinnula”) do poema 61 de Catulo, repetida nos Cantos III e XXVIII. “Ligur’ aoide”: Homero, na Odisseia (XII, 183), descrevendo o canto das sereias: “(…) Cristal na voz, entoam o canto”. “Si no’us vei (…) no val”, “Se eu não te vir, dama que quero tanto / […]

Cantos XVIII e XIX

CANTO XVIII “Kublai”: Kublai Khan (1214-1294), neto de Genghis Khan [Temujin]. Estabeleceu a dinastia Yuan e se tornou imperador da China em 1271. “Cambaluc”: Khanbaliq (“A Cidade do Khan”), capital de Kublai, construída entre 1264-1267 no lugar onde hoje fica Beijing. “Messire Polo”: Marco Polo (c.1254-c.1324), viajante e mercador veneziano. Viajou para a China, chegando […]

Canto XVII

  “Assim”: usando a mesma expressão que encerra o Canto I (“So that”), Pound dá início à série seguinte. “… as vinhas se despencam de meus dedos”: o ato sagrado da manifestação divina (aqui, dionisíaca), deus e homem se tornando um só. Isso é reiterado em outras passagens do Canto. Algo similar ocorre no Canto […]

Canto XVI

  Aqui, Pound emerge do inferno e chega ao purgatório terrestre. Nele, encontra alguns dos personagens que frequentaram os Cantos anteriores. Em seguida, o poema alude à Primeira Guerra Mundial e aos amigos de Pound que nela combateram, como Richard Aldington, T. E. Hulme, Henri Gaudier-Brzeska, Wyndham Lewis, Ernest Hemingway e Fernand Léger (cujo testemunho, […]

Cantos XIV e XV

Os Cantos XIV e XV recorrem à Divina Comédia e vemos Pound circulando por um inferno repleto de banqueiros, editores de jornais, escritores picaretas e outros “perversores da linguagem” e da ordem social. Nesse inferno poundiano, Dante e Plotino assumem o papel de guias que, nas duas primeiras partes da Comédia, cabe a Virgílio.   […]

Canto XIII

“Andava Kung”: Confúcio (551-479 a.C.), filósofo chinês que é apresentado por Pound neste Canto com um método de ensino similar ao de Aristóteles e dos peripatéticos. Mas, tradicionalmente, diz-se que Confúcio ensinava em um pomar ou sob um damasqueiro (referido ao final do canto como apricot). Khieu, Tchi e Tian: três discípulos de Confúcio. Alguns […]

Canto XII

  “E nós cá sob / a muralha sentamos”: Pound encontrou T. S. Eliot em Verona no começo de junho de 1922. Foi a segunda vez em que passaram alguns dias juntos, depois da Provença, em 1919. Pound também alude a esse encontro nos Cantos XXIX (145) e LXXVIII (501). Nos primeiros meses de 1922, […]

Canto XI

  “E gradment (…) annutii”: o Canto começa onde o anterior terminou, com o discurso de Sigismundo para suas tropas antes da batalha em Nidastore. “E ele nos pôs…”: o “nos” se deve ao fato de que o narrador do Canto é um soldado do exército, talvez o próprio Broglio. “Roberto”: Roberto Malatesta (1442–1482), filho […]

Canto X

Várias das referências iniciais deste Canto (Sorano, Pitigliano, a epístola de Trachulo) encontram-se esmiuçadas na postagem sobre o Canto IX. “Sigui, meu caro”: a fonte de Pound para a carta de Pitigliano é Luciano Banchi (no Canto, nos versos 24-25, temos a referência completa). No original, “Siggy darlint”: Nancy Cunard começava suas cartas para Pound […]

Canto IX

“Certo ano, chegaram as enchentes”: em 1440, Rimini sofreu com as enchentes. “Certo ano (…) nevar”: 1444, saiu em meio a uma nevasca para auxiliar Sforza, provocando a rendição de Monte Gaudio. “Certo ano, caiu o granizo”: 1442. Astorrre Manfredi di Faenza: condottiere, inimigo de Malatesta e aliado de Federico da Urbino. A emboscada ocorreu […]