Categoria: Literatura

Canto XII

  “E nós cá sob / a muralha sentamos”: Pound encontrou T. S. Eliot em Verona no começo de junho de 1922. Foi a segunda vez em que passaram alguns dias juntos, depois da Provença, em 1919. Pound também alude a esse encontro nos Cantos XXIX (145) e LXXVIII (501). Nos primeiros meses de 1922, […]

Canto XI

  “E gradment (…) annutii”: o Canto começa onde o anterior terminou, com o discurso de Sigismundo para suas tropas antes da batalha em Nidastore. “E ele nos pôs…”: o “nos” se deve ao fato de que o narrador do Canto é um soldado do exército, talvez o próprio Broglio. “Roberto”: Roberto Malatesta (1442–1482), filho […]

Canto X

Várias das referências iniciais deste Canto (Sorano, Pitigliano, a epístola de Trachulo) encontram-se esmiuçadas na postagem sobre o Canto IX. “Sigui, meu caro”: a fonte de Pound para a carta de Pitigliano é Luciano Banchi (no Canto, nos versos 24-25, temos a referência completa). No original, “Siggy darlint”: Nancy Cunard começava suas cartas para Pound […]

Canto IX

“Certo ano, chegaram as enchentes”: em 1440, Rimini sofreu com as enchentes. “Certo ano (…) nevar”: 1444, saiu em meio a uma nevasca para auxiliar Sforza, provocando a rendição de Monte Gaudio. “Certo ano, caiu o granizo”: 1442. Astorrre Manfredi di Faenza: condottiere, inimigo de Malatesta e aliado de Federico da Urbino. A emboscada ocorreu […]

Canto VIII

  Os Cantos VIII-XI abordam a história de Sigismundo Pandolfo Malatesta (1417-1468), condottiere, nobre, poeta, patrono das artes e lorde de Rimini e Fano a partir de 1432. “Estes fragmentos que você guardou (preservou)”: “você”, no caso, é Eliot, e Pound se refere ao verso 431, um dos derradeiros d’”A terra devastada”, “These fragments I […]

Canto VII

Dando continuidade ao Canto anterior, seguimos com Eleonora, e “ela se consumia num clima britânico”: o casamento com Henrique II se deteriorou com o tempo, e ela chegou a ser aprisionada por mais de quinze anos (1173-1189), primeiro no Castelo de Chinon, depois em Salisbury e outros lugares, por ter se aliado aos filhos Henrique, […]

Canto VI

“Sabemos o que fez você”: referência à Odisseia XII, 184-191, as sereias cantando para Odisseu. ‘Aproxima, Odisseu, plurifamoso, glória argiva. Escuta nossa voz, a voz das duas! Em negra nau, ninguém bordeja por aqui sem auscultar o timbre-mel de nossa boca e, em gáudio, viajar ampliando sua sabença, pois conhecemos tudo o que os aqueus e […]

Canto V

  A “noiva”, depois “Ecbátana”: Pound se refere ao Canto anterior ao mesmo tempo em que dá prosseguimento à sua jornada, no tempo histórico/mitológico e fora dele (tempo poético), pois “o relógio bate e se esvai”. Iâmblico (c.245-c.325) foi um filósofo sírio neoplatônico. As “almas ascendendo / Centelhas como turba de perdizes, / Como o […]

Canto IV

  “Troia, só destroços de muralhas fumegantes”: referência às Troianas, de Eurípedes¹, quando, na primeira cena, Posêidon visita a cidade devastada — Eu, Posêidon, chego após deixar o salgado Egeu, o fundo do mar, onde coros de Nereidas desenlaçam do pé o mais belo rastro. Sim, desde que, ao redor desta terra troiana, Febo e […]

Canto III

  Deste Canto até o VII, temos exemplos do imagismo poundiano, ecoando a técnica desenvolvida e utilizada em obras anteriores do poeta. E transitamos pelo Mediterrâneo, seguimos com as referências mitológicas e renascentistas, Safo, El Cid, com as histórias dos trovadores etc. Antes de abordar o Canto, algumas linhas de Mário Faustino sobre o imagismo: […]