Categoria: Literatura

Canto V

  A “noiva”, depois “Ecbátana”: Pound se refere ao Canto anterior ao mesmo tempo em que dá prosseguimento à sua jornada, no tempo histórico/mitológico e fora dele (tempo poético), pois “o relógio bate e se esvai”. Iâmblico (c.245-c.325) foi um filósofo sírio neoplatônico. As “almas ascendendo / Centelhas como turba de perdizes, / Como o […]

Canto IV

  “Troia, só destroços de muralhas fumegantes”: referência às Troianas, de Eurípedes¹, quando, na primeira cena, Posêidon visita a cidade devastada — Eu, Posêidon, chego após deixar o salgado Egeu, o fundo do mar, onde coros de Nereidas desenlaçam do pé o mais belo rastro. Sim, desde que, ao redor desta terra troiana, Febo e […]

Canto III

  Deste Canto até o VII, temos exemplos do imagismo poundiano, ecoando a técnica desenvolvida e utilizada em obras anteriores do poeta. E transitamos pelo Mediterrâneo, seguimos com as referências mitológicas e renascentistas, Safo, El Cid, com as histórias dos trovadores etc. Antes de abordar o Canto, algumas linhas de Mário Faustino sobre o imagismo: […]

Canto II

  Sordello é um poema narrativo de Robert Browning (1812-1889), escrito entre 1836 e 1840, quando foi lançado. É tido como uma das obras mais difíceis da literatura inglesa. Pound cogitou se inspirar no poema de Browning (conforme ele próprio assinala em Three Cantos I) para escrever os Cantos, mas optou por conceber algo distinto, o […]

Um esquema de XXX Cantos (1930)

CANTO I Nekyia homérica via Andreas Divus. Preparação. Invocação da Musa: Afrodite. CANTO II Metamorfoses em sucessão: Proteu. Sordello(s), Eleonora, Helena. Dionísio reconhecido por Acetes. CANTO III Pound na Itália. Morada(s) de Koré. Perséfone, El Cid, Inês de Castro. CANTO IV Ruínas troianas, ruínas amorosas. Tereu, Procne, Filomela: Et ter flebiliter, Ityn. Cabestan. Actéon/Peire Vidal. […]

Canto I

  Pound inicia a obra com uma tradução de parte do canto XI d’A Odisseia de Homero. Ele não recorre diretamente ao original grego, mas à tradução latina do renascentista Andreas Divus, datada de 1538. Ou seja, trata-se da tradução de uma tradução. Em todo caso, ler ou reler o referido canto (sugiro a tradução de […]

“Ulysses” aos cem

Escrevi um pequeno texto para a edição de hoje do caderno Pensar, d’O Estado de Minas, sobre as traduções de que dispomos do Ulysses, de James Joyce. Leia clicando na imagem abaixo. O romance completa cem anos de seu lançamento no dia 2 de fevereiro. Mais textos que escrevi sobre o Ulysses e outros livros de […]

Medianias

Em Discurso sobre a metástase, de André Sant’Anna (ed. Todavia): “(…) O povo indo à praia, no litoral do Dorival Caymmi, que bonito!, bebendo a cerveja daquela mulher que tem aquela bunda, aquele rabo!, na televisão, o alto-falante tocando aquela música da garrafa que entra no cu daquele cara com aquela barriga, todo suado, fedendo, […]