Categoria: Literatura

Canto XI

  “E gradment (…) annutii”: o Canto começa onde o anterior terminou, com o discurso de Sigismundo para suas tropas antes da batalha em Nidastore. “E ele nos pôs…”: o “nos” se deve ao fato de que o narrador do Canto é um soldado do exército, talvez o próprio Broglio. “Roberto”: Roberto Malatesta (1442–1482), filho […]

Canto X

Várias das referências iniciais deste Canto (Sorano, Pitigliano, a epístola de Trachulo) encontram-se esmiuçadas na postagem sobre o Canto IX. “Sigui, meu caro”: a fonte de Pound para a carta de Pitigliano é Luciano Banchi (no Canto, nos versos 24-25, temos a referência completa). No original, “Siggy darlint”: Nancy Cunard começava suas cartas para Pound […]

Canto IX

“Certo ano, chegaram as enchentes”: em 1440, Rimini sofreu com as enchentes. “Certo ano (…) nevar”: 1444, saiu em meio a uma nevasca para auxiliar Sforza, provocando a rendição de Monte Gaudio. “Certo ano, caiu o granizo”: 1442. Astorrre Manfredi di Faenza: condottiere, inimigo de Malatesta e aliado de Federico da Urbino. A emboscada ocorreu […]

Canto VIII

  Os Cantos VIII-XI abordam a história de Sigismundo Pandolfo Malatesta (1417-1468), condottiere, nobre, poeta, patrono das artes e lorde de Rimini e Fano a partir de 1432. “Estes fragmentos que você guardou (preservou)”: “você”, no caso, é Eliot, e Pound se refere ao verso 431, um dos derradeiros d’”A terra devastada”, “These fragments I […]

Canto VII

Dando continuidade ao Canto anterior, seguimos com Eleonora, e “ela se consumia num clima britânico”: o casamento com Henrique II se deteriorou com o tempo, e ela chegou a ser aprisionada por mais de quinze anos (1173-1189), primeiro no Castelo de Chinon, depois em Salisbury e outros lugares, por ter se aliado aos filhos Henrique, […]

Canto VI

“Sabemos o que fez você”: referência à Odisseia XII, 184-191, as sereias cantando para Odisseu. ‘Aproxima, Odisseu, plurifamoso, glória argiva. Escuta nossa voz, a voz das duas! Em negra nau, ninguém bordeja por aqui sem auscultar o timbre-mel de nossa boca e, em gáudio, viajar ampliando sua sabença, pois conhecemos tudo o que os aqueus e […]

Canto V

  A “noiva”, depois “Ecbátana”: Pound se refere ao Canto anterior ao mesmo tempo em que dá prosseguimento à sua jornada, no tempo histórico/mitológico e fora dele (tempo poético), pois “o relógio bate e se esvai”. Iâmblico (c.245-c.325) foi um filósofo sírio neoplatônico. As “almas ascendendo / Centelhas como turba de perdizes, / Como o […]

Canto IV

  “Troia, só destroços de muralhas fumegantes”: referência às Troianas, de Eurípedes¹, quando, na primeira cena, Posêidon visita a cidade devastada — Eu, Posêidon, chego após deixar o salgado Egeu, o fundo do mar, onde coros de Nereidas desenlaçam do pé o mais belo rastro. Sim, desde que, ao redor desta terra troiana, Febo e […]

Canto III

  Deste Canto até o VII, temos exemplos do imagismo poundiano, ecoando a técnica desenvolvida e utilizada em obras anteriores do poeta. E transitamos pelo Mediterrâneo, seguimos com as referências mitológicas e renascentistas, Safo, El Cid, com as histórias dos trovadores etc. Antes de abordar o Canto, algumas linhas de Mário Faustino sobre o imagismo: […]

Canto II

  Sordello é um poema narrativo de Robert Browning (1812-1889), escrito entre 1836 e 1840, quando foi lançado. É tido como uma das obras mais difíceis da literatura inglesa. Pound cogitou se inspirar no poema de Browning (conforme ele próprio assinala em Three Cantos I) para escrever os Cantos, mas optou por conceber algo distinto, o […]