Categoria: Leituras

Aquino e a fronteira

Artigo publicado em 16.02.2021 n’O Popular. Outro dia escrevi alhures que a grande literatura policial não é nada sem os espaços geográficos em que se desenrola, os quais sempre aparecem ligados de modo inextricável aos espaços morais. É impossível pensar em James Ellroy ou Paula L. Woods sem Los Angeles, Donna Leon sem Veneza, Dennis […]

A sujidade do desassossego

Um passeio pelas Estações Havana, de Leonardo Padura. Ensaio publicado no Cândido. 1. Antes, durante e após os crimes, os cadáveres, os interrogatórios, a fumaça dos cigarros, as ressacas etílicas e morais, as diligências, antes, durante e após tudo isso, estão a cidade e seus arredores. A grande literatura policial não é nada sem os […]

A normalidade do desconforto

Resenha publicada em 10.08.2020 no Estadão. A certa altura de O Avesso da Pele (Cia. das Letras), lemos algo sobre a “perversidade do racismo”, que impede o indivíduo de “revisitar os próprios infernos”. No entanto, é tal revisita que alimenta o romance de Jeferson Tenório. Um de seus vetores principais está no destrinchar de uma […]

Gaddis: links

No decorrer dos últimos anos, escrevi sobre alguns dos livros de William Gaddis e traduzi algumas cartas dele. Abaixo, os links. Este post será atualizado conforme a publicação de novos textos. Sobre The Recognitions Sobre J R Sobre Carpenter’s Gothic Três cartas de Gaddis

Ausências calcinadas

::: Os doze narradores de Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo têm em comum “a certeza do efêmero” de que nos fala a epígrafe virgiliana do romance. Não são vozes que nos chegam, mas, conforme aquela estruturação típica em António Lobo Antunes, ecos e estilhaços de vozes coalhados de outras vozes, outros ecos, outros […]

Contra o isolamento

O caderno Pensar, d’O Estado de Minas, fez esse guia aí. Eu fui um dos indicaram cinco calhamaços. A matéria é assinada pelo jornalista e escritor Carlos Marcelo. Leia AQUI. Também participei do podcast do caderno, falando um pouco sobre o Ulysses. Ouça AQUI. Abaixo, replico as minhas indicações: ULYSSES, James Joyce. 912 páginas. Tradução: Bernardina […]

“BelHell” do Pará

Há livros que podem ser lidos como verdadeiros comentários acerca da natureza do Mal e, por isso mesmo, trazendo a discussão para o nosso quintal repleto de entulhos e cadáveres insepultos, são recriações muito fiéis de alguns dos aspectos mais brutais do nosso arremedo de nação. Rubem Fonseca, Dalton Trevisan, Patrícia Melo, Ricardo Guilherme Dicke […]