Jornada de autodescoberta

Resenha publicada em 07.02.2015 no Estadão. Em O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação, encontramos várias das características que tornaram Haruki Murakami um romancista tão bem-sucedido. Estão nele o tom de fábula, os ecos…

Da escuridade pulsante

“Quando a Segunda Guerra Mundial estourou, eu tinha sete anos. A linha do tempo se tornou confusa — não mais verão e inverno, não mais longas visitas aos meus avós no interior. Nossa vida estava…

"Verdade." "Não."

A primeira coisa que me impressionou (negativamente) em Birdman (ou A Inesperada Virtude da Ignorância) foi o péssimo roteiro. Não é apenas a estruturação previsível, acompanhando os últimos dias de ensaios e a estreia de uma…

O tempo de Miller

Quando penso na geração de cineastas norte-americanos nascidos após 1960, sempre coloco Bennett Miller entre os meus cinco favoritos. Gosto demais do tempo particularíssimo de seu cinema e da maneira muitas vezes anticlimática, mas jamais…

Grossman: “Vida e Destino”

Resenha publicada no Estadão em 17.01.2015. O judeu ucraniano Vassili Grossman (1905-1964) trabalhou por cerca de uma década em Vida e Destino (Alfaguara, tradução de Irineu Franco Perpétuo). O romance traz muito do que ele presenciou…

Gerrard

Steven Gerrard é o maior ídolo que tenho, no esporte e fora dele. Talvez seja o último atleta cuja história se confunde com a do clube que defende. Até hoje, e desde os oito anos de…

Modiano

“Na escrita de Patrick Modiano, o tempo flui em todas as direções e as personagens são, muitas vezes, construções precárias que desmancham e escorrem pelas frestas, por entre os dedos, noite adentro. Tal precariedade não…