Os Cantos Pisanos LXXIV-LXXXIV (1948)

CANTO LXXIV
Da gaiola, Pound vê & alucina o mundo.
Mussolini está morto. O poeta está só.
Resumo/reavaliação/retomada
do projeto dos Cantos,
para o bem (poesia) e para o mal (política).

CANTO LXXV
Para fora do Flegetonte (e do inferno).
Münch rearranja Francesco da Milano,
que rearranjou Janequin: “O canto dos pássaros”.
A forma dinâmica dessas transições
(e)levando o poeta rumo ao paraíso.

CANTO LXXVI
Hélio-Sol abre e encerra o Canto: memorat Pound;
“dove sta memora”.
Preso, ele se imagina em casa, em Rapallo.
Dirce, Isotta, “Primavera”: no “ar intemporal”.
O “molde” de Caterina Sforza.
“Por que não reconstruí-lo?”

CANTO LXXVII
Escapando a Libitina
(mas não a Mussolini).

CANTO LXXVIII
Antissemitismo explícito.
Pound também ressalta certas bizarrices
relativas a Mussolini e a Salò.
O melhor do poema é a narrativa
da jornada entre Roma e Gais.

CANTO LXXIX
Deixando a ladainha fascista
um pouco de lado, Pound investe
em um hino mais e mais sensual,
voltado a Dionísio e Afrodite.

CANTO LXXX
Neste que é um dos Cantos mais longos,
Pound repassa seus dias em Paris e Londres
(e as viagens a outros lugares)
para criar uma espécie de elegia do mundo
destruído pelas duas Guerras.

CANTO LXXXI
Após uma passagem pela Espanha,
Pound cria alguns dos mais belos
versos do livro
(“A formiga é um centauro em seu mundo de dragões”)
e, ao mesmo tempo, pensa ser chegado
o momento de por abaixo a vaidade.

CANTO LXXXII
Agamêmnon, de Ésquilo:
o vigia à espera do fogo; Clitemnestra.
Uma anedota de Swinburne.
Soncino e cia. contra os “homens de mármore”.
Poetas censurados.
Morte e renovação, de novo.

CANTO LXXXIII
Simbolismo neoplatônico.
Passeio por Veneza.
Yeats e o pavão.

CANTO LXXXIV
Alguns motivos revisitados.
Passamos pelo DTC mais uma vez.
Um derradeiro aceno ao “Capo”.
Alemães e americanos: “uguale”.