Categoria: Leituras

Canto XXV

A exemplo do Canto anterior, o XXV começa com uma lista de ocorrências registradas em um livro. Aqui, a fonte de Pound é o Monumenti per servire alla Storia del Palazzo Ducale di Venezia ovvero Serie di Atti pubblici dal 1253 al 1797, editado por Giambattista Lorenzi. O livro aborda a história do Palácio Ducal […]

Canto XXIV

  “livro dos mandatos”: registro dos pagamentos feitos por Parisina (Laura Malatesta, 1405-1425, prima de Sigismundo), marquesa de Ferrara e esposa de Niccolò III, nos últimos anos de sua vida. O livro foi estudado pelo historiador Alfonso Lazzari, fonte usada por Pound em parte deste Canto. “Zohanne of Rimini”: Giovanni of Rimini, “maestro de’ nostri […]

Canto XXIII

  “Et omniforms…”: Ficino, “Omnis intellectus est omniformis”, que Pound traduz como “todo intelecto é omniforme”. Isso já foi citado no Canto V. Ficino traduzindo Porfírio, De Occasionibus. A carreira de Ficino como filósofo, estudioso e tradutor se deu graças ao impacto causado por Gemisto Pletão em seu patrono, Cosimo de Médici. “Psellos”: Miguel Pselo […]

Cantos XXI e XXII

    CANTO XXI “Siga com o negócio”: quem fala é Giovanni di Bicci de Médici (1360-1429), patriarca e fundador do império financeiro da famigerada família. Neste Canto, Pound o imagina falando com Cosimo, o filho e herdeiro, de forma similar à mensagem de Niccolò d’Este a Borso, conforme vimos no Canto anterior. A forma […]

Canto XX

  “quasi tinnula”, “quase estridente”: citação (o termo “tinnula”) do poema 61 de Catulo, repetida nos Cantos III e XXVIII. “Ligur’ aoide”: Homero, na Odisseia (XII, 183), descrevendo o canto das sereias: “(…) Cristal na voz, entoam o canto”. “Si no’us vei (…) no val”, “Se eu não te vir, dama que quero tanto / […]

Cantos XVIII e XIX

CANTO XVIII “Kublai”: Kublai Khan (1214-1294), neto de Genghis Khan [Temujin]. Estabeleceu a dinastia Yuan e se tornou imperador da China em 1271. “Cambaluc”: Khanbaliq (“A Cidade do Khan”), capital de Kublai, construída entre 1264-1267 no lugar onde hoje fica Beijing. “Messire Polo”: Marco Polo (c.1254-c.1324), viajante e mercador veneziano. Viajou para a China, chegando […]

Canto XVII

  “Assim”: usando a mesma expressão que encerra o Canto I (“So that”), Pound dá início à série seguinte. “… as vinhas se despencam de meus dedos”: o ato sagrado da manifestação divina (aqui, dionisíaca), deus e homem se tornando um só. Isso é reiterado em outras passagens do Canto. Algo similar ocorre no Canto […]

Canto XVI

  Aqui, Pound emerge do inferno e chega ao purgatório terrestre. Nele, encontra alguns dos personagens que frequentaram os Cantos anteriores. Em seguida, o poema alude à Primeira Guerra Mundial e aos amigos de Pound que nela combateram, como Richard Aldington, T. E. Hulme, Henri Gaudier-Brzeska, Wyndham Lewis, Ernest Hemingway e Fernand Léger (cujo testemunho, […]

Cantos XIV e XV

Os Cantos XIV e XV recorrem à Divina Comédia e vemos Pound circulando por um inferno repleto de banqueiros, editores de jornais, escritores picaretas e outros “perversores da linguagem” e da ordem social. Nesse inferno poundiano, Dante e Plotino assumem o papel de guias que, nas duas primeiras partes da Comédia, cabe a Virgílio.   […]

Canto XIII

“Andava Kung”: Confúcio (551-479 a.C.), filósofo chinês que é apresentado por Pound neste Canto com um método de ensino similar ao de Aristóteles e dos peripatéticos. Mas, tradicionalmente, diz-se que Confúcio ensinava em um pomar ou sob um damasqueiro (referido ao final do canto como apricot). Khieu, Tchi e Tian: três discípulos de Confúcio. Alguns […]