Resenha publicada no Estadão. MORTE E VIDA DOS ANIMAIS Em seu novo romance, Adriana Lisboa aborda diversas formas de violência. Adelaide, a protagonista de Os grandes carnívoros (Alfaguara), esteve na cadeia. Foi presa em um país estrangeiro, nos Estados Unidos (ou na América, a “Grande Sinédoque”), por incendiar um laboratório de pesquisas que utilizava animais […]
Autor: André de Leones
Noites japonesas
“Noite e névoa no Japão” (1960), de Nagisa Oshima, começa e termina com discursos obtusos, de um professor meio vacilão e de um burocrata stalinista, sendo este, por certo, a criatura mais desprezível em todo o filme. O longa é coalhado de planos longos (o primeiro dura uns dez minutos), e não raro os flashbacks […]
Carnívoros
Artigo publicado n’O Popular em 30.04.2024. “Os grandes carnívoros” (ed. Alfaguara) é o novo romance da carioca Adriana Lisboa. Vencedora do Prêmio José Saramago, Lisboa é uma das melhores escritoras brasileiras contemporâneas, autora de uma obra impressionantemente regular e muito, mas muito acima da média. Aliás, não me canso de dizer que, ao receber a […]
Memória e pertencimento em “O outono dos ipês-rosas”
Resenha publicada na edição de abril de 2024 da revista Pernambuco. O termo alemão Bildung é imprescindível para compreender O outono dos ipês-rosas (editora Cepe), novo romance de Luis S. Krausz. Em uma nota de rodapé na página 409, o narrador nos diz que a “identificação dos judeus de língua alemã com a Europa de […]
“Madona” no “Pensar”
Na edição de sábado, 24/02, o caderno “Pensar”, do jornal Estado de Minas, publicou uma resenha minha de Madona dos páramos, de Ricardo Guilherme Dicke. Leia AQUI (PDF, pág. 4-5) ou AQUI. Trata-se de uma versão abreviada DESTE ensaio que escrevi anos atrás.
Canto LIII
“Yeou”: Yu Tsao-chi foi um rei mítico da China, sucessor da grande trindade (os três augustos) que reinou por 54 mil anos (18 mil cada). Yu teria ensinado os súditos a construir casas (na verdade, cabanas usando galhos e outros materiais facilmente encontráveis). Seu nome significa algo como “possuindo ninho”. “Seo Gin”: Sui Jen-chi foi […]
Canto LII
Os CANTOS CHINESES (LII-LXI) usam como fonte onze (dos doze) volumes da Histoire generale de la Chine, do jesuíta francês Joseph-Anna-Marie de Moyriac de Mailla (1669-1748). De Mailla viveu em Pequim por 37 anos. A obra foi concluída em 1730 e publicada entre 1777 e 1783. Sendo um iluminista, de Mailla apreciava a ênfase na […]
Cantos LII-LXXI (1940)
Subdivisão: CANTOS CHINESES (LII-LXI) CANTOS DE ADAMS (LXII-LXXI) — no próprio livro, na abertura da seção, Pound oferece um bom índice desses Cantos para que os leitores se orientem. CANTO LII Um Canto estranho. Começa remetendo a Leopoldo, prossegue reiterando cretinices antissemitas, mas torna-se outra coisa ao abraçar o Livro dos Ritos em alguns versos […]
Canto LXXXIV
“Si tuit (…) plor”: “Se todo o pesar e as lágrimas”. Trata-se de algo já citado no Canto LXXX. Trata-se do lamento de Bertran de Born pela morte do rei Henrique, o Jovem (1155-1183). “Angold”: o poeta britânico John Penrose Angold (1909-1943), morto em ação (como piloto da RAF). “τεθνηκε”: “ele está morto”. “tuit (…) […]
Canto LXXXIII
“υδωρ”: “água”. “et Pax”: “e paz”. “Gemisto”: Gemisto Pletão (1355-1452), de fato, elegeu Netuno (Poseidon) como o maior dos deuses. Rimini é citada a seguir porque, depois de lutar contra os turcos a mando dos venezianos em 1466, Sigismundo Malatesta levou os ossos de Gemistos para essa cidade e os colocou em um dos sarcófagos […]