Autor: André de Leones

Canto XXIII

  “Et omniforms…”: Ficino, “Omnis intellectus est omniformis”, que Pound traduz como “todo intelecto é omniforme”. Isso já foi citado no Canto V. Ficino traduzindo Porfírio, De Occasionibus. A carreira de Ficino como filósofo, estudioso e tradutor se deu graças ao impacto causado por Gemisto Pletão em seu patrono, Cosimo de Médici. “Psellos”: Miguel Pselo […]

Cantos XXI e XXII

    CANTO XXI “Siga com o negócio”: quem fala é Giovanni di Bicci de Médici (1360-1429), patriarca e fundador do império financeiro da famigerada família. Neste Canto, Pound o imagina falando com Cosimo, o filho e herdeiro, de forma similar à mensagem de Niccolò d’Este a Borso, conforme vimos no Canto anterior. A forma […]

Canto XX

  “quasi tinnula”, “quase estridente”: citação (o termo “tinnula”) do poema 61 de Catulo, repetida nos Cantos III e XXVIII. “Ligur’ aoide”: Homero, na Odisseia (XII, 183), descrevendo o canto das sereias: “(…) Cristal na voz, entoam o canto”. “Si no’us vei (…) no val”, “Se eu não te vir, dama que quero tanto / […]

Cantos XVIII e XIX

CANTO XVIII “Kublai”: Kublai Khan (1214-1294), neto de Genghis Khan [Temujin]. Estabeleceu a dinastia Yuan e se tornou imperador da China em 1271. “Cambaluc”: Khanbaliq (“A Cidade do Khan”), capital de Kublai, construída entre 1264-1267 no lugar onde hoje fica Beijing. “Messire Polo”: Marco Polo (c.1254-c.1324), viajante e mercador veneziano. Viajou para a China, chegando […]

“Contra o Dia” n’O Globo

  Encontrei, afinal, a minha resenha de Contra o Dia, de Thomas Pynchon, publicada n’O Globo em 07 de abril de 2012. Leia clicando AQUI (PDF) ou na imagem acima. Bacana reencontrar esse texto que escrevi há mais de dez anos e que, salvo engano, foi o último que publiquei no (finado?) Prosa & Verso. […]

Canto XVII

  “Assim”: usando a mesma expressão que encerra o Canto I (“So that”), Pound dá início à série seguinte. “… as vinhas se despencam de meus dedos”: o ato sagrado da manifestação divina (aqui, dionisíaca), deus e homem se tornando um só. Isso é reiterado em outras passagens do Canto. Algo similar ocorre no Canto […]

Canto XVI

  Aqui, Pound emerge do inferno e chega ao purgatório terrestre. Nele, encontra alguns dos personagens que frequentaram os Cantos anteriores. Em seguida, o poema alude à Primeira Guerra Mundial e aos amigos de Pound que nela combateram, como Richard Aldington, T. E. Hulme, Henri Gaudier-Brzeska, Wyndham Lewis, Ernest Hemingway e Fernand Léger (cujo testemunho, […]

Cantos XIV e XV

Os Cantos XIV e XV recorrem à Divina Comédia e vemos Pound circulando por um inferno repleto de banqueiros, editores de jornais, escritores picaretas e outros “perversores da linguagem” e da ordem social. Nesse inferno poundiano, Dante e Plotino assumem o papel de guias que, nas duas primeiras partes da Comédia, cabe a Virgílio.   […]

Canto XIII

“Andava Kung”: Confúcio (551-479 a.C.), filósofo chinês que é apresentado por Pound neste Canto com um método de ensino similar ao de Aristóteles e dos peripatéticos. Mas, tradicionalmente, diz-se que Confúcio ensinava em um pomar ou sob um damasqueiro (referido ao final do canto como apricot). Khieu, Tchi e Tian: três discípulos de Confúcio. Alguns […]

Canto XII

  “E nós cá sob / a muralha sentamos”: Pound encontrou T. S. Eliot em Verona no começo de junho de 1922. Foi a segunda vez em que passaram alguns dias juntos, depois da Provença, em 1919. Pound também alude a esse encontro nos Cantos XXIX (145) e LXXVIII (501). Nos primeiros meses de 1922, […]