Autor: André de Leones

“Contra o Dia” n’O Globo

  Encontrei, afinal, a minha resenha de Contra o Dia, de Thomas Pynchon, publicada n’O Globo em 07 de abril de 2012. Leia clicando AQUI (PDF) ou na imagem acima. Bacana reencontrar esse texto que escrevi há mais de dez anos e que, salvo engano, foi o último que publiquei no (finado?) Prosa & Verso. […]

Canto XVII

  “Assim”: usando a mesma expressão que encerra o Canto I (“So that”), Pound dá início à série seguinte. “… as vinhas se despencam de meus dedos”: o ato sagrado da manifestação divina (aqui, dionisíaca), deus e homem se tornando um só. Isso é reiterado em outras passagens do Canto. Algo similar ocorre no Canto […]

Canto XVI

  Aqui, Pound emerge do inferno e chega ao purgatório terrestre. Nele, encontra alguns dos personagens que frequentaram os Cantos anteriores. Em seguida, o poema alude à Primeira Guerra Mundial e aos amigos de Pound que nela combateram, como Richard Aldington, T. E. Hulme, Henri Gaudier-Brzeska, Wyndham Lewis, Ernest Hemingway e Fernand Léger (cujo testemunho, […]

Cantos XIV e XV

Os Cantos XIV e XV recorrem à Divina Comédia e vemos Pound circulando por um inferno repleto de banqueiros, editores de jornais, escritores picaretas e outros “perversores da linguagem” e da ordem social. Nesse inferno poundiano, Dante e Plotino assumem o papel de guias que, nas duas primeiras partes da Comédia, cabe a Virgílio.   […]

Canto XIII

“Andava Kung”: Confúcio (551-479 a.C.), filósofo chinês que é apresentado por Pound neste Canto com um método de ensino similar ao de Aristóteles e dos peripatéticos. Mas, tradicionalmente, diz-se que Confúcio ensinava em um pomar ou sob um damasqueiro (referido ao final do canto como apricot). Khieu, Tchi e Tian: três discípulos de Confúcio. Alguns […]

Canto XII

  “E nós cá sob / a muralha sentamos”: Pound encontrou T. S. Eliot em Verona no começo de junho de 1922. Foi a segunda vez em que passaram alguns dias juntos, depois da Provença, em 1919. Pound também alude a esse encontro nos Cantos XXIX (145) e LXXVIII (501). Nos primeiros meses de 1922, […]

Canto XI

  “E gradment (…) annutii”: o Canto começa onde o anterior terminou, com o discurso de Sigismundo para suas tropas antes da batalha em Nidastore. “E ele nos pôs…”: o “nos” se deve ao fato de que o narrador do Canto é um soldado do exército, talvez o próprio Broglio. “Roberto”: Roberto Malatesta (1442–1482), filho […]

Canto X

Várias das referências iniciais deste Canto (Sorano, Pitigliano, a epístola de Trachulo) encontram-se esmiuçadas na postagem sobre o Canto IX. “Sigui, meu caro”: a fonte de Pound para a carta de Pitigliano é Luciano Banchi (no Canto, nos versos 24-25, temos a referência completa). No original, “Siggy darlint”: Nancy Cunard começava suas cartas para Pound […]

Canto IX

“Certo ano, chegaram as enchentes”: em 1440, Rimini sofreu com as enchentes. “Certo ano (…) nevar”: 1444, saiu em meio a uma nevasca para auxiliar Sforza, provocando a rendição de Monte Gaudio. “Certo ano, caiu o granizo”: 1442. Astorrre Manfredi di Faenza: condottiere, inimigo de Malatesta e aliado de Federico da Urbino. A emboscada ocorreu […]

Canto VIII

  Os Cantos VIII-XI abordam a história de Sigismundo Pandolfo Malatesta (1417-1468), condottiere, nobre, poeta, patrono das artes e lorde de Rimini e Fano a partir de 1432. “Estes fragmentos que você guardou (preservou)”: “você”, no caso, é Eliot, e Pound se refere ao verso 431, um dos derradeiros d’”A terra devastada”, “These fragments I […]