A cineasta norte-americana Kathryn Bigelow filma e monta melhor do que a esmagadora maioria dos marmanjos cujos filmes vejo por aí. Portanto, se há interesse em Casa de dinamite, ele se deve sobretudo ao talento da diretora e do montador Kirk Baxter (colaborador de David Fincher desde Benjamin Button, sendo um dos responsáveis pela estupenda arquitetura fílmica […]
Categoria: Coisas que a gente vê no escuro
Filme de Toledo
Um amigo presenciou a cena: em uma exibição especial d’O agente secreto em Recife, a governadora de Pernambuco subiu ao palco para (óbvio!) discursar e, mais de uma vez, chamou o cineasta Kleber Mendonça Filho de Kleber Toledo Filho. Talvez a gafe da governadora nos seja útil, pois, no filme, há o que poderíamos chamar de cenas de […]
Nada cumpre o que prometeu
A cena está em Uma batalha após a outra, de Paul Thomas Anderson, e é um grande momento em meio a vários outros grandes momentos. A revolucionária negra, grávida, atira com uma metralhadora em um campo de treinamentos no meio do nada. Ao terminar, berra que se sentiu como Tony Montana. Isso pede uma digressão. Interpretado pelas […]
Elogio da partida
O sobrevivente de Buchenwald sobe ao convés do navio e nos deparamos com a Estátua da Liberdade enfocada de cabeça para baixo e de lado, nunca, jamais, em pé, como, por exemplo, na cena da chegada em “O poderoso chefão – parte II” (a subversão de Coppola se dá em outro nível, ao apresentar a […]
Na ciclovia com Walter Salles
“Ainda estou aqui” é um filme discreto e elegante que evita as armadilhas óbvias (sentimentalismo, esquematismo) ao lidar com certos temas (ditadura militar, tortura, memória x apagamento (institucional ou não) do passado) e narrar a história de uma mulher e sua família. Discrição e elegância se dão porque Walter Salles é um cineasta de abordagem […]
Coppola
O Poderoso Chefão – Desfecho: A Morte de Michael Corleone Megalópolis
Alguns parágrafos sobre “Megalópolis”
Uma boa surpresa (dentre várias outras) que tive assistindo a “Megalópolis” foi constatar que a estrutura narrativa do filme é absolutamente convencional, com os três atos muitíssimo bem delineados. Eu temia que, dominado pela húbris, Francis Ford Coppola tivesse sucumbido sob o peso das próprias ideias e do tamanho de um projeto acalentado há décadas […]
Noites japonesas
“Noite e névoa no Japão” (1960), de Nagisa Oshima, começa e termina com discursos obtusos, de um professor meio vacilão e de um burocrata stalinista, sendo este, por certo, a criatura mais desprezível em todo o filme. O longa é coalhado de planos longos (o primeiro dura uns dez minutos), e não raro os flashbacks […]
Kleber Mendonça Filho – links
Textos publicados neste espaço e alhures sobre: O som ao redor Aquarius Bacurau Retratos fantasmas O agente secreto
Sobre “Assassinos da Lua das Flores”
Escrevi sobre Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese, para o caderno Pensar, do jornal Estado de Minas. Leia clicando AQUI ou na imagem abaixo para ampliá-la.
