Categoria: Coisas que a gente vê no escuro

Alguns parágrafos sobre “Megalópolis”

Uma boa surpresa (dentre várias outras) que tive assistindo a “Megalópolis” foi constatar que a estrutura narrativa do filme é absolutamente convencional, com os três atos muitíssimo bem delineados. Eu temia que, dominado pela húbris, Francis Ford Coppola tivesse sucumbido sob o peso das próprias ideias e do tamanho de um projeto acalentado há décadas […]

Noites japonesas

“Noite e névoa no Japão” (1960), de Nagisa Oshima, começa e termina com discursos obtusos, de um professor meio vacilão e de um burocrata stalinista, sendo este, por certo, a criatura mais desprezível em todo o filme. O longa é coalhado de planos longos (o primeiro dura uns dez minutos), e não raro os flashbacks […]