Autor: André de Leones

Shepard

Sam Shepard, dramaturgo vencedor do Pulitzer, corroteirista de Paris, Texas e ator indicado ao Oscar de coadjuvante por sua interpretação do icônico Chuck Yeager n’Os Eleitos, faleceu. Tinha setenta e três anos. Abaixo, transcrevo três de suas Crônicas de Motel (L&PM, tradução: Bettina Becker). Que descanse em paz. …… Há uma borboleta Monarca morta na […]

Walser

Daqui. “(…) É uma coisa maravilhosa ter escapado da primeira juventude, porque ela nem sempre é bela, encantadora e leve, e sim, muitas vezes, é mais difícil e preocupante que a vida de muitos velhos. Quanto mais se vive, mais suave se torna a vida. Quem teve uma juventude impetuosa preferirá, mais tarde, raras vezes […]

Elvira, RIP

Soube há pouco que a escritora Elvira Vigna faleceu. Tinha sessenta e nove anos de idade. Era uma das vozes mais instigantes da literatura brasileira contemporânea. Em abril de 2010, escrevi sobre seu romance Nada a Dizer para o Jornal do Brasil. Republico abaixo a resenha. Que Elvira descanse em paz. No romance Nada a […]

Um espaço de transição

Trecho de O Último Grito, de Thomas Pynchon. Nenhuma notícia de Horst até agora. Ela tenta não se preocupar, acreditar no que ela mesma disse aos meninos, mas está preocupada, sim. Aquela noite, bem tarde, depois que os meninos vão se deitar, ela fica acordada diante da televisão, cochilando, sendo acordada por microssonhos de alguém […]

Acho que foi em 1993

Crônica publicada hoje n’O Popular. Vi Caminhos Perigosos pela primeira vez aos treze anos. Não foi o primeiro filme de Martin Scorsese a que assisti. Antes, vira Touro Indomável (sobre o qual escrevi em novembro do ano passado neste espaço), mas então nada sabia do diretor; tinha oito anos e ficara surpreso que exibissem um filme em preto-e-branco […]

James Joyce: links

James Augustine Aloysius Joyce é um dos prediletos nesta residência, de tal forma que o Bloomsday nunca passa em branco. Abaixo, links para ensaios e resenhas que escrevi sobre o Ulysses e outros livros do irlandês no decorrer dos anos. Sláinte! RESENHA de Epifanias e Cartas a Nora (Estadão, 17.12.2012). RESENHA de Finn’s Hotel (Estadão, 16.04.2014). HADES, GLASNEVIN. […]

Charles

Certa vez, em uma aula sobre Peirce, o professor me explicou: “O geral não aparece, não pode ser apontado topicamente. O universal é espaço-temporalmente contínuo, não extenso. Só pode ser alcançado inferencialmente”. E depois eu li no livro desse mesmo professor: “Do viés epistemológico, a recusa do incogonoscível traduz-se na recusa da brutalidade do inexplicável; […]

‘Das himmlische Leben’

Ouvindo a Quarta de Mahler, talvez a mais contida das sinfonias dele. O quarto e último movimento é (inusualmente) uma canção. Uma criança (interpretada por uma soprano) nos fala desde o Paraíso, descrevendo a preparação de um banquete. “Kein’ Musik ist ja nicht auf Erden / Die unsrer verglichen kann werden”, ela canta a certa […]