::: Os doze narradores de Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo têm em comum “a certeza do efêmero” de que nos fala a epígrafe virgiliana do romance. Não são vozes que nos chegam, mas, conforme aquela estruturação típica em António Lobo Antunes, ecos e estilhaços de vozes coalhados de outras vozes, outros ecos, outros […]
Categoria: Literatura
“Opulência” no Estadão
Escrevi sobre Opulência, romance de Luis S. Krausz, para a edição de hoje do Estadão. Clique AQUI ou na imagem abaixo para ler.
“BelHell” do Pará
Há livros que podem ser lidos como verdadeiros comentários acerca da natureza do Mal e, por isso mesmo, trazendo a discussão para o nosso quintal repleto de entulhos e cadáveres insepultos, são recriações muito fiéis de alguns dos aspectos mais brutais do nosso arremedo de nação. Rubem Fonseca, Dalton Trevisan, Patrícia Melo, Ricardo Guilherme Dicke […]
Janela de tempo
Artigo publicado em 24.12.2019 n’O Popular. Conforme o combinado, após discorrer sobre Café da Manhã dos Campeões há duas semanas, hoje me debruço sobre Matadouro-Cinco, um dos romances mais conhecidos de Kurt Vonnegut. A fama talvez se deva, em parte, à ótima adaptação cinematográfica do livro, dirigida por George Roy Hill (de Butch Cassidy e […]
O desjejum de Vonnegut
Texto publicado hoje n’O Popular. A sátira não é para amadores, e aqui eu me refiro não só aos satiristas, mas também aos leitores — essa espécie em extinção. O norte-americano Kurt Vonnegut (1922-2007) é um dos grandes satiristas do século XX, e é um alento que a editora Intrínseca — ignorando a supracitada extinção […]
Na terceira margem
Texto publicado hoje n’O Popular. Em se tratando das extravagâncias literárias que, dada a preguiça de pensar em um termo melhor, entendidos e desentendidos costumam classificar como “pós-modernistas”, a prosa de Donald Barthelme (1931-1989) está entre as melhores. Há outros autores, a maioria deles bem diferente entre si — só a preguiça explica essa mania […]
Dos finais felizes
Em uma carta1 para a filha, William Gaddis conta que um editor inglês se recusou a publicar Carpenter’s Gothic porque o livro seria “doloroso demais”. Lançado em 1985, o terceiro romance do autor é, de fato, o mais doloroso — e o menos engraçado — de seus livros, além de ser o mais o curto dentre […]
Pensata
É perfeitamente possível ler ‘O Matador’, de Patrícia Melo, ou ‘Pssica’, de Edyr Augusto, ou ‘Um Céu de Estrelas’, de Fernando Bonassi, e enxergar ali ‘comentários’ relativos à nossa erosão social, mas é inaceitável reduzi-los a isso ou, pior, rejeitar obras que não se enquadrem nesse modelo de leitura escusatório. A força de cada um […]
Tokarczuk & Handke
Fui à redação do Estadão e conversei com Ubiratan Brasil e Maria Fernanda Rodrigues sobre as obras de Olga Tokarczuk e Peter Handke, os mais novos agraciados com o Nobel de Literatura. Assista ao bate-papo AQUI.
A literatura e o 11/09
Na edição de ontem do Estadão, publicaram um artigo meu sobre como a literatura vem lidando com os atentados de 11/09 e suas consequências. Também fiz uma lista com obras que, mal ou bem, abordam o tema, algumas delas (das melhores, claro) ainda inéditas no Brasil. Na correria, esqueci de incluir “The Suffering Channel”, conto […]
