Categoria: Ficção

Paz na Terra entre os monstros

Ficção (*). I POEIRA E FANTASMAS Sozinha e cheia de coisas na espelunca (à espera do fim?), a garçonete ajeita o vestido e os cabelos e considera cuspir de lado. Reconsidera e não cospe, farta de porcas porcarias. Estatelada sozinha e cheia de coisas na espelunca, à espera do fim, só que ainda não sabe […]

Teatro

O programa estava perto do fim quando a entrevistadora perguntou à atriz se a atriz usava salto ou rasteirinha e a atriz disse que preferia rasteirinha, mal conseguia andar de salto, era uma tortura, e além disso é bom manter os pés bem perto do chão, não é mesmo?, e elas riram um pouco. Em […]

Liverpool

Escrevi o pequeno conto Liverpool há exatos três anos, em janeiro de 2011, aqui nas Perdizes. É sobre um reencontro possível, ou impossível. Jerusalém ainda se faz muito presente nele. O boteco no qual as personagens se encontram existe. Foi onde um bom amigo me contou, por aqueles dias, que seria pai. Clique AQUI para ler ou […]

d.f.w.

O conto d.f.w foi escrito para a antologia Escritores Escritos, organizada por Victoria Saramago e lançada em 2010 pela editora Flaneur. Clique AQUI para ler ou baixá-lo. Eu o escrevi em 2009, entre o final do verão e o começo do outono, em Jerusalém.

Década

Há exatos dez anos, eu finalmente conseguia terminar um conto que julguei publicável. E, de fato, ele está entre os que eu e meu então editor Flavio Izhaki selecionamos para Paz na Terra entre os monstros, lançado em 2008. A exemplo do meu primeiro romance, Hoje está um dia morto, que eu começaria a escrever […]

1921

Conheci Jack em 1921, no baile de 4 de Julho. Estávamos um pouco altos e não me lembro quem nos apresentou. A orquestra zurrava no salão de festas do hotel, todos esbarravam em todos e o inverno era algo muito distante. Não demorou para que Jack começasse a falar de suas veleidades literárias. As pessoas […]

Jerusalém é branca.

Trecho do meu romancemprogresso. No dia em que aterrissaram em Tel Aviv, depois de um rápido interrogatório no aeroporto, receberam os vistos e rumaram para Jerusalém. Sonolento, Arthur viu através da janela do monit sherut uma cidade limpa, esvaziada (era tarde), em que avenidas largas davam lugar a ruas estreitas à medida que o motorista […]

O lugar mais baixo da Terra.

[Mais um pequeno trecho do meu romancemprogresso.] . . Outra pequena viagem dentro da viagem maior. A massa azulada disforme, quieta, mais e mais próxima, como se estivesse se arrastando em direção a eles e não o contrário. O lugar mais baixo da Terra, lera em um dos folhetos que Arthur lhe dera. Aqui, à […]