A literatura e o 11/09

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Na edição de ontem do Estadão, publicaram um artigo meu sobre como a literatura vem lidando com os atentados de 11/09 e suas consequências. Também fiz uma lista com obras que, mal ou bem, abordam o tema, algumas delas (das melhores, claro) ainda inéditas no Brasil.

Na correria, esqueci de incluir “The Suffering Channel”, conto (uma novela, na verdade) de David Foster Wallace. É a narrativa que fecha Oblivion, a melhor coletânea dele (para o meu gosto) — lá também estão “Good old neon” e “The soul is not a smithy” (olar, Sunny Jim!), por exemplo. Em “The Suffering Channel”, entre outras coisas (como o canal a cabo especializado em sofrimento), há um jornalista que, em meados de 2001, trabalhando numa revista cuja redação fica no World Trade Center, inventa de perfilar um elusivo artista plástico que, bem, CAGA suas esculturas. Não, ele não “esculpe” usando os próprios excrementos: a ARTE já sai prontinha, em formas que remetem a imagens icônicas, como a Marilyn com o vestido esvoaçando em “O Pecado Mora ao Lado”. E tudo é um esforço rumo ao oblívio (a revista será lançada em 10 de setembro de 2001). Aqui a novela em PDF (em inglês): parte 1 e parte 2.

Por fim, fui à redação do Estadão e conversei com Ubiratan Brasil e Maria Fernanda Rodrigues sobre o tema. O bate-papo foi transmitido ao vivo pelo Facebook do jornal, e pode ser visto em duas partes: AQUI e AQUI.