Eufrates está chegando. A versão eletrônica já está em pré-venda na Amazon. A versão impressa logo chegará às livrarias. Assim que confirmar a data do lançamento paulistano, divulgarei aqui. Serviremos acepipes.
É o meu sexto romance. É sobre deformação. Deformação afetiva, deformação familiar, deformação política. É sobre perder e (com sorte) reencontrar o outro, ou encontrar outrem. É sobre gente dizendo adeus. É sobre palmilhar sem rumo. É sobre se maltratar. É sobre deixar coisas pela metade, pelo caminho. É sobre amizade. É sobre tatear por aí, nesse breu que é (sempre foi) o Brasil.
É relativamente longo, com histórias correndo paralelas, dispersas no tempo, desde (mais ou menos) 1991 até o ano de 2013, e em várias cidades (São Paulo, Brasília, Buenos Aires, Haifa, Jerusalém, Belém do Pará).
É estruturalmente parecido com Como desaparecer completamente e Terra de casas vazias; Eufrates dá prosseguimento a um tipo muito específico de perquirição.
Há dois protagonistas, cada qual tecendo uma teia narrativa, teias que convergem ao longo de todo o livro. Há algo do Brasil ali, do segundo FHC e também dos protestos de 2013, por exemplo. Há um esforço de incompreensão. Há aproximações e distanciamentos. Há tentativas de abastardamento. Há estranhamentos. Há um caminhar com e pelos personagens, pois (querendo ou não, de uma forma ou de outra) a história sempre passa por todos e cada um de nós.
Eufrates está chegando. “A coisa está no ar. É questão de tempo. Dias, no máximo semanas.” Espero que lhes diga respeito. Espero que gostem.
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P.S.: O trecho publicado pelo Blog do IMS foi extirpado do romance. Era o início de uma das muitas histórias que correm paralelas, mas ela parecia por demais descolada (temática e estilisticamente) do restante do livro — além de engordá-lo em quase duzentas páginas — e eu achei melhor arrancá-la na revisão final.