As pessoas não estão preocupadas com a prisão do Lula, mas com o preço do abacate, na medida em que você não tem uma quebra institucional brutal [no país]. O Brasil é impressionante, ele não tem governo e anda sozinho.
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Discussões comportamentais e culturais no país parecem levar automaticamente a uma sovietização da economia.
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O discurso identitário pode ser assustador. Já ouvi que não tenho direito de escrever com personagens negros porque não sou negro.
É abdicar da condição humana. Se não posso representar um outro, realmente acabou. É uma questão filosófica, sobre limites da ideia de universalidade do iluminismo e limites da cultura identitária tribal, que está voltando com o nacionalismo e outras coisas. A construção da subjetividade pode se livrar do atavismo racial, cultural, religioso?
Cristovão Tezza, em entrevista à Folha. Leia na íntegra AQUI.